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Climas e Relevo do Brasil

 

O território brasileiro, em virtude da sua localização e grande extensão, apresenta diferentes tipos de clima. Os principais climas do Brasil são: equatorial, tropical, semiárido, tropical de altitude, tropical atlântico e subtropical.

Equatorial: esse é o clima predominante na região Amazônica, que abrange a Região Norte e porções dos estados de Mato Grosso e Maranhão. A temperatura média anual é elevada, variando entre 25 °C e 27 °C, com chuvas durante todo o ano e alta umidade do ar.

Tropical: abrange estados das Regiões Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste. Apresenta duas estações bem definidas: inverno (seco) e verão (chuvoso). A temperatura média varia entre 18 °C e 28 °C.

Semiárido: esse clima do Brasil predomina no interior nordestino. A temperatura é elevada, com média de 27 °C, e as chuvas são escassas e irregulares. Essas características, além da falta de políticas públicas (construção de reservatórios de água), dificultam o desenvolvimento das atividades agrícolas.


 

Tropical de altitude: típico das áreas mais elevadas dos estados do Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo). A temperatura, com média anual entre 18 °C e 22 °C, é mais baixa nas áreas mais altas do relevo. Uma característica desse clima são as geadas durante o inverno.

Tropical atlântico: está presente na zona litorânea que se estende do Rio Grande do Norte, no Nordeste, ao Paraná, no Sul. A temperatura é elevada, por volta de 25 °C. As chuvas, regulares e bem distribuídas, são mais intensas no Sul e no Sudeste durante o verão e no Nordeste, durante o inverno. 

Subtropical: clima predominante nas porções do território brasileiro situadas ao sul do Trópico de Capricórnio, na Zona Climática Temperada do Sul. Inclui os estados da Região Sul e parte de São Paulo e Mato Grosso do Sul. A temperatura média é de 18 °C, considerada a mais baixa do país. As chuvas são regulares e bem distribuídas. O verão é quente e o inverno é bastante frio, sendo comum a ocorrência de neve ou geada em determinados lugares.

 

climograma  é uma ferramenta clássica de representação do clima que permite uma compreensão mais fácil do perfil climático de determinada região. Através do climograma pode se representar graficamente as variações de temperatura e precipitações durante um determinado período de tempo, geralmente de 1 ano.

A temperatura geralmente é representada por um gráfico linear sobreposto a um gráfico de barras (histograma) que representa as precipitações ao longo do período estudado.

 

 

RELEVO

O relevo apresenta diferentes formações que são consequências das ações de agentes endógenos (resultado da energia do interior do planeta que se manifesta pela dinâmica ou tectônica das placas) e agentes exógenos (associados ao clima da área, como as chuvas, ventos e geleiras, que criam ou dão as formas esculturais ao relevo através de um processo erosivo).

relevo brasileiro tem formação antiga e resulta, principalmente, da sucessão de ciclos climáticos e da ação das forças internas da Terra, como a movimentação das placas tectônicas, as falhas e o vulcanismo.

Existem diferentes classificações do relevo brasileiro, cada uma obedecendo a um critério. Entre as mais conhecidas estão a realizada em 1940 pelo professor Aroldo Azevedo, que utilizou como critério o nível altimétrico. Na década de 1950, o professor Aziz Ab´Saber apresentou uma nova classificação, baseando no processo de erosão e sedimentação. A mais recente classificação do relevo brasileiro é de 1995, elaborada pelo professor do departamento de geografia da Universidade de São Paulo (USP), Jurandyr Ross. Seu trabalho tem como referência o projeto Radambrasil, um levantamento realizado no território brasileiro, entre 1970 e 1985, com um equipamento espacial de radar instalado em avião. Ross considera 28 unidades de relevo, divididas em planaltos, planícies e depressões.

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Pico da Neblina

Planaltos – São formas de relevo elevadas, com altitudes superiores a 300 metros. Podem ser encontradas em qualquer tipo de estrutura geológica. Nas bacias sedimentares, os planaltos caracterizam-se pela formação de escarpas em áreas de fronteira com as depressões. Formam também as chapadas, extensas superfícies planas de grande altitude. Com 3.014 metros, o pico da Neblina é o ponto mais alto do relevo brasileiro.

Depressões – São áreas rebaixadas em consequência da erosão, que se formam entre as bacias sedimentares e os escudos cristalinos. Algumas das depressões localizadas às margens de bacias sedimentares são chamadas depressões marginais ou periféricas. Elas estão presentes em grande número no território brasileiro e são de variados tipos, como a depressão da Amazônia Ocidental (terrenos em torno de 200 metros de altitude).

Planícies – São unidades de relevo geologicamente muito recentes. É uma superfície extremamente plana, sua formação ocorre em virtude da sucessiva depressão de material de origem marinha, lacustre ou fluvial em áreas planas. Normalmente, estão localizadas próximas do litoral ou dos cursos dos grandes rios e lagoas, como as planícies da lagoa dos Patos e da lagoa Mirim, no litoral do Rio Grande do Sul.

Os agentes internos ou endógenos de transformação do relevo são aqueles que surgem ou agem de dentro da Terra, ou seja, abaixo da superfície. São os terremotos, os vulcanismos e o tectonismo.

Os agentes externos ou exógenos, por outro lado, são aqueles que agem acima do relevo, ou seja, sobre a superfície. São as ações dos ventos, das águas, do intemperismo e dos seres vivos.

Escudos Cristalinos 
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escudos cristalinos, Canadá
Área de escudo cristalino no Canadá

  

O que são

São estruturas geológicas antigas, formadas na era Pré-Cambriana e início da era Paleozoica, presentes na crosta terrestre.

Principais características

- Formação muito antiga (principalmente Pré-Cambriano).

- Presença de minerais metálicos e não metálicos.

- Presença de rochas magmáticas e metamórficas.

- Baixa incidência de atividades sísmicas (terremotos), ou seja, área de estabilidade tectônica.

- Ausência de cobertura sedimentar.

- Presença de áreas que sofreram longos períodos de erosão.

Recursos minerais

Por se tratar de uma estrutura geológica muito antiga, os escudos cristalinos apresentam grande quantidade de recursos minerais. As áreas que apresentam formação mais antigas são ricas em minerais não metálicos como, por exemplo, granito, diorito, quartzo, ardósia, magnesita, amianto e feldspato.

Já nas áreas de formação mais recente (Proterozoico), ou menos antiga, os minerais metálicos estão mais presentes. Os principais são: minério de ferro, ouro, cobre, manganês, chumbo, bauxita, estanho, cromo, cobalto e níquel.

Escudos cristalinos no Brasil

No território brasileiro, os escudos cristalinos correspondem a 36% da crosta terrestre (relativo às terras emersas). São antigos, ou seja, formados na era Pré-Cambriana. Apresentam altitudes medianas, em torno de 600 metros. São áreas com grande presença de recursos minerais, principalmente minerais metálicos (minério de ferro, estanho, manganês, bauxita, cobre e ouro). Este fato faz do Brasil um dos principais produtores e  exportadores de minerais metálicos do mundo.

Os escudos cristalinos no Brasil são:

- Escudo das Guianas (extremo norte do Brasil)

- Escudo do Brasil Central (região centro-norte)

- Escudo Atlântico (região centro-leste).

Bacias Sedimentares 
O que são, principais bacias sedimentares brasileiras e localização, resumo, relevo, petróleo e carvão mineral, importância econômica

bacias sedimentares
Bacias sedimentares: fonte de recursos minerais

  

O que são

As bacias sedimentares são depressões existentes no relevo, que são preenchidas por sedimentos de origem orgânica (vegetais, animais mortos, algas) e por rochas que passaram por processo de erosão. São de grande importância econômica, pois são responsáveis por fontes de energia de origem fóssil (petróleo e carvão mineral).

Bacias sedimentares e petróleo

Grande parte das jazidas de petróleo do mundo está em bacias sedimentares, pois ao longo de milhões de anos o material orgânico soterrado foi entrando em processo de decomposição, em função da ação de bactérias e da baixa quantidade de oxigênio, dando origem ao petróleo e ao gás natural.

Bacias sedimentares e carvão mineral

Em alguns casos, ocorreu o soterramento de florestas e matas. Nestas bacias sedimentares estes vegetais entraram, com o passar de milhares de anos, em processo de sedimentação, formando rochas sedimentares de origem fóssil (carvão mineral).

Principais bacias sedimentares brasileiras

- Bacia Sedimentar da Amazônia – localizada na Floresta Amazônica

- Bacia Sedimentar Potiguar – localizada entre o oeste do Ceará e costa do Rio Grande do Norte.

- Bacia Sedimentar do Paraná – é uma extensa bacia sedimentar localizada na região centro-leste da América Sul. Possui reservas significativas de carvão mineral.

- Bacia Sedimentar do Espírito Santo – localizada entre o litoral norte do Espírito Santo e o sul da Bahia. Possui significativas reservas petrolíferas.

- Bacia Sedimentar de Campos – entre a costa norte do litoral do Rio de Janeiro e a costa sul do Espírito Santo. É a maior bacia produtora de petróleo do Brasil (cerca de 75%).

- Bacia Sedimentar de Santos – situada na plataforma continental (do litoral de Santa Catarina até o litoral do Rio de Janeiro). Possuem também importantes reservas de petróleo, exploradas atualmente.

Curiosidades:

- Grande parte das jazidas de carvão mineral e petróleo, presentes em bacias sedimentares, se formaram nas eras geológicas Mesozoica e Paleozoica.

- Cerca de 70% da área das bacias sedimentares brasileiras estão localizadas no interior do país. Já as que se localizam na região costeira totalizam cerca de 30%.

Dobramentos Modernos 
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dobramentos modernos, Himalaia
Cordilheira do Himalaia: exemplo de dobramento moderno

  

O que são dobramentos modernos

Também conhecidos como dobramentos terciários, os dobramentos modernos são estruturas da superfície terrestre (províncias geológicas) formadas a partir do deslocamento das placas tectônicas no começo do período Terciário (início da Era Cenozoica). No atrito entre duas placas, uma delas entra por baixo, levantando (dobrando) a outra. Logo, estes dobramentos modernos são regiões elevadas (picos, montanhas, cordilheiras).

São chamados assim, pois se considerarmos todos os períodos da escala geológica do planeta Terra, eles sugiram numa época recente ou moderna (de 65 milhões a 2 milhões de anos atrás).

Características principais:

- Compostas, principalmente, por rochas magmáticas e metamórficas.

- Regiões que apresentam elevada altitude com relevo em formato pontiagudo. São as áreas mais elevadas do mundo.

- Apresentam instabilidade tectônica, possibilidade elevada de abalos sísmicos (terremotos).

- Presença de minerais (metálicos e não metálicos) no terreno que foi elevado.

- Relevo que teve baixa ação do processo de erosão, em função de serem recentes.

- Presença de rios em função da forte inclinação do relevo e das altitudes elevadas.

Há dobramentos modernos no Brasil?

O relevo brasileiro não apresenta dobramentos modernos. Como o território do Brasil está localizado no meio de uma placa tectônica, não ocorreu choque de placas no passado. Logo, não houve a formação deste tipo de estrutura de relevo. Há vantagem disto é que em nosso país há baixíssima incidência de abalos sísmicos (terremotos). Quando há tremores de terra no Brasil, é de baixa intensidade e, geralmente, reflexo de terremotos que ocorrem na região da Cordilheira dos Andes.

Exemplos no mundo:

- Cordilheira dos Andes (faixa oeste da América do Sul)

- Montanhas Rochosas (oeste da América do Norte)

- Cadeia dos Alpes (região central da Europa)

- Cordilheira do Himalaia (sudeste asiático)

- Montes Urais (fronteira entre Europa e Ásia)

- Serra Madre (América Central)

- Cordilheira do Atlas (noroeste da África)

 

 



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